PESQUISADORES DO LACAM PARTICIPAM DE REUNIÃO COM O IPEA NA ÚLTIMA SEMANA

O Laboratório de Contas Regionais da Amazônia (Lacam), no sentido de fortalecer o desenvolvimento de suas pesquisas, firmou parceria importante com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na última semana (23 de outubro), os pesquisadores do Lacam Giliad Silva, Lucas Rodrigues, Rafael Gumiero e Vinicius Botelho estiveram em Brasília para uma reunião com o Instituto para discutir três eixos temáticos de interesse do Ipea e que os pesquisadores do Lacam têm a proficiência para executar, concretizando, dessa maneira, a parceria.

Estudos econômicos utilizando notas fiscais eletrônicas e outros registros, como nota fiscal ao consumidor, e a análise econômica a partir de estudos utilizando as contas regionais foram os primeiros assuntos debatidos na reunião ocorrida entre o Lacam e a diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Instituto, sendo Aristides Neto o diretor da Dirur e Bruno Cruz um dos coordenadores. Logo depois, discutiu-se acerca da capacidade de fazer avaliação de políticas públicas que foram instrumentalizadas pelos fundos constitucionais. Um exemplo disso são aquelas políticas públicas que foram instrumentalizadas pelo Fundo Nacional do Norte, o FNO.

De acordo com o professor Giliad Silva, que estava presente na reunião com o Ipea, a partir dessa discussão sobre a capacidade de avaliação de políticas públicas, surgiu o debate sobre a possibilidade de estudar a bioeconomia tanto do ponto de vista conceitual, quanto do ponto de vista de formulação metodológica com o objetivo de mensurar essa bioeconomia. A partir dessa discussão as partes concluíram que era importante a Unifesspa e o Ipea formularem um acordo de cooperação técnica onde teria o Lacam como executor na Unifesspa e a Dirur  por parte do Ipea. “Esse acordo de cooperação vai ter como meta aprofundar as metodologias que permitem com que se faça análises econômicas a partir de registros fiscais, em particular as notas fiscais eletrônicas, além do aprofundamento de metodologias que estimem Tabela de Recursos e Usos (TRU) regionais, em particular, quando elas tiverem como fundamento a captura de aspectos da bioeconomia”. O professor destaca  também que será possível aprofundar a metodologia de avaliação de políticas públicas particularmente no sentido de captar os efeitos, os resultados dessa política pública e comparando com o que se havia previsto no seu desenho: “Ou seja, quais eram os resultados esperados dessa política pública e quais foram os resultados efetivamente empreendidos, particularmente aquelas políticas públicas que têm os fundos constitucionais, sobretudo o FNO como seu principal fundamento”, explica Giliad.

Para Vinicius Botelho, egresso do curso de Ciências Econômicas da Unifesspa e pesquisador do Lacam, essa visita ao Ipea teve muitos pontos positivos, como a oportunidade de realizar discussões metodológicas e comparações entre o que está sendo estudado nos dois espaços. “Por exemplo, ambos estão estudando, atualmente, as notas fiscais eletrônicas, então houve ali um espaço em que pudemos compreender como o Ipea e como o Lacam estão utilizando as notas fiscais eletrônicas, como cada um tem desenhado a sua metodologia, quais os impactos esperados. Foi um espaço muito importante para amadurecer mais ainda o debate sobre o potencial das notas fiscais eletrônicas”. Além disso, Botelho destaca que houve um alinhamento de agendas em parceria, o que é extremamente importante para o debate econômico, trazendo também visibilidade para as pesquisas do Lacam: “eu acredito que essa parceria, essa agenda desenhada em conjunto com o Ipea, que é simplesmente o maior instituto de pesquisa econômica do Brasil, vai trazer um benefício muito grande para a Unifesspa por meio do Lacam, que se coloca em um nível de diálogo, parceria altamente qualificado”, destaca o pesquisador.

Além desse acordo de cooperação para estudar, de maneira aprofundada sobre a bioeconomia em seus aspectos conceituais e metodológicos, as duas instituições acenaram a possibilidade de realizar um Seminário no mês de março de 2024.