Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > DEBATE SOBRE EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E FUTURO DA HUMANIDADE INAUGURA PAINÉIS DO ENEP
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

DEBATE SOBRE EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E FUTURO DA HUMANIDADE INAUGURA PAINÉIS DO ENEP

  • Publicado: Quinta, 13 de Junho de 2024, 14h09
  • Última atualização em Quinta, 13 de Junho de 2024, 19h15
  • Acessos: 115
imagem sem descrição.

A programação do XXIX Encontro Nacional de Economia Política (Enep) iniciou na noite da última quarta-feira (12), com uma discussão sobre o painel "Capital na Berlinda: Emergência Climática e o Futuro da Humanidade". Este painel contou com a participação de Alexandre Pessoa, da Fiocruz, e Eduardo Sá Barreto, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que trouxeram importantes perspectivas sobre os desafios climáticos enfrentados pelo Brasil e pelo mundo.

Além desse painel, o evento contará com mais duas discussões ao longo da programação: "Bioeconomia e a Relevância da Pan-Amazônia", com a presença dos professores Francisco de Assis Costa, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e Maurílio de Abreu Monteiro, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) na quinta-feira (13); e "Futuro da Humanidade: construindo perspectivas a partir de experiências Pan-Amazônicas" na sexta-feira (14), que contará com Carlos Barrientos, do Comitê de Unidade Campesina (CUC) Guatemala, e Kátia Akrãtikatêjê (Cacica do povo Gavião Akrãtikatêjê / Pará).

O primeiro painel trouxe perspectivas importantes sobre a emergência climática, com destaque nos grandes desafios enfrentados pela Amazônia, Brasil e o mundo. Foi enfatizado a importância das questões hídricas, destacando como o acesso à água em um contexto de mudanças climáticas afeta diretamente as populações mais vulneráveis, tanto na Amazônia quanto em outras regiões como o Rio Grande do Sul. Foram apresentados também os últimos resultados do painel climático, que apontam para um aquecimento acelerado do planeta, e a importância de discutir as possibilidades de futuro diante desse cenário.

O painel "Bioeconomia e a Relevância da Pan-Amazônia", visa esclarecer um conceito amplamente utilizado por governos e empresas, abrangendo desde pequenas adaptações no padrão produtivo atual até a adoção de novos modelos e paradigmas de desenvolvimento. “Especificamente para a Amazônia, este conceito engloba sua riqueza ecológica, cultural, social e étnica. O objetivo é explorar as diversas interpretações do conceito polissêmico de bioeconomia”, ressalta Maurílio Monteiro.

O terceiro e último painel integra elementos de classe e dos povos indígenas, com o objetivo de discutir sobre o futuro da humanidade ao construir perspectivas a partir de experiências Pan-Amazônicas mais únicas.  “Nossa experiência revela a necessidade de mudar as narrativas predominantes. Normalmente, desastres e crises ecológicas globais são discutidos como se fossem questões separadas entre seres humanos e natureza, e cremos que esse não pode ser o caminho. Esse enfoque equivocado impede tanto a compreensão da verdadeira natureza do problema quanto a definição das ações necessárias para enfrentá-lo. Se não há um bom diagnóstico, não há solução eficaz”, destaca Carlos Barrientos.

Barrientos acrescenta que é crucial mudar o enfoque. A problemática não é apenas o aumento da temperatura ou as mudanças climáticas: “O problema é o próprio sistema. Com este sistema, não podemos subsistir como humanidade. Se não reconhecermos isso, não haverá futuro para a humanidade”.

Texto: Kawane Ricarto (Bolsista do Lacam).

registrado em:
Fim do conteúdo da página