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PESQUISADOR DO LACAM REPRESENTA O BRASIL EM WORKSHOP NA ONU SOBRE PREÇOS DE COMMODITIES E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

  • Publicado: Sábado, 02 de Novembro de 2024, 18h22
  • Última atualização em Quarta, 26 de Fevereiro de 2025, 13h27
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 Foto: Maclem Erane         

 

O professor Daniel Nogueira, da Faculdade de Ciências Econômicas (FACE)  da Unifesspa,  participou de dois eventos de grande peso ao longo dessa semana, compartilhando sua experiência brasileira e amazônida com representantes de cerca de 47 países. Como pesquisador do Laboratório de Contas Regionais da Amazônia (Lacam)/Iedar, o professor coordena a ação de pesquisa em pobreza e desigualdade e ele ressalta que os debates fomentados pelo Lacam têm sido centrais para consolidar dados e reflexões que mostram o peso das commodities na economia paraense e brasileira.
Esses estudos do professor no Lacam indicam, por exemplo, que apesar da produção intensiva em commodities como minérios e produtos agroindustriais contribuir para o PIB, ela não se reflete uniformemente em desenvolvimento social, muitas vezes acentuando desigualdades e vulnerabilidades.


Na quinta-feira (31), o professor Daniel Nogueira representou o Brasil no workshop "Commodity Price Volatility and The Sustainable Development Goals", promovido pela ONU na cidade de Nova Iorque. O evento reuniu especialistas internacionais para debater os impactos da volatilidade dos preços de commodities no desenvolvimento sustentável, com foco nas economias periféricas.Na véspera, Nogueira também participou de um evento preparatório, onde foi convidado a apresentar e discutir a realidade brasileira dentro do tema, a representantes de aproximadamente 47 países subdesenvolvidos.

Com a proposição de refletir sobre os dilemas entre commodities e desenvolvimento sustentável, no primeiro dia, quarta-feira (30), Nogueira foi convidado a falar sobre a realidade brasileira com um olhar crítico para a Amazônia. Ressaltando que, embora o Brasil seja considerado um país em desenvolvimento, sua vasta região amazônica possui características e desafios que ressoam com os de muitos países subdesenvolvidos.Esse contexto específico mostra como, nesse cenário, o Brasil pode, ao mesmo tempo, gerar oportunidades e enfrentar obstáculos econômicos e sociais intensos.

Na perspectiva do professor, ao pensar no Pará e em regiões da Amazônia paraense, os desafios de pobreza e vulnerabilidade social se assemelham aos de nações menores, apesar do peso econômico que o país exerce globalmente.Para Daniel Nogueira, as pontes para o futuro estão entre a cooperação, considerando as similaridades entre as condições amazônicas e as de países subdesenvolvidos que criam oportunidades de articulação em redes de cooperação. Para assim, pensar estratégias conjuntas que equilibrem a extração de recursos naturais com a melhoria da qualidade de vida se torna não apenas uma demanda local, mas uma agenda global.“A Amazônia como região é muito próxima desses países, por isso que eu diria que pensar a condição a partir dessa experiência desses países subdesenvolvidos, acho que produz uma conexão e ao mesmo tempo possibilidade de redes de cooperação internacional, que são bem centrais para a gente. Pensar na superação de muitos dos nossos desafios.”, destaca o professor.

 

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 Foto: Tamires Souza

No segundo dia, com a sua apresentação intitulada "Impacto da Produção de Commodities no Desenvolvimento de Economias Periféricas: O Caso do Brasil", o pesquisador explorou os dilemas entre crescimento econômico e preservação ambiental, destacando o papel central da Amazônia e a dinâmica da população com o território.Nogueira, preocupado em analisar as contradições do desenvolvimento via commodities, discutiu a volatilidade dos preços das commodities e seus impactos nas economias locais e na qualidade de vida das populações.

Em sua fala, destacou como o modelo de comoditização intensificado nas últimas décadas no Brasil traz resultados contraditórios: embora tenha contribuído para o crescimento econômico, esse modelo não necessariamente se traduz em melhores condições de vida para as populações locais, especialmente na Amazônia, onde a dependência de commodities gera uma economia oscilante, sujeita a fortes influências externas.A participação do professor Daniel Nogueira na ONU representou uma oportunidade ímpar para refletir sobre as possibilidades e limites da comoditização como estratégia de desenvolvimento. Em um contexto onde as economias periféricas estão constantemente expostas às oscilações de preço e à pressão internacional por recursos, o Brasil, e particularmente a Amazônia, emergem como exemplos críticos das contradições do modelo atual.

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